Aspectos existenciais e humanistas na abordagem da pessoa com dor miofascial crônica
- Dr. Sergio Akira Horita
- 15 de jun. de 2020
- 1 min de leitura

O atendimento deve ser centrado na pessoa com dor crônica. Neste tipo de atendimento, os profissionais de saúde são estimulados a admitir as perspectivas do paciente, respeitar suas escolhas e, continuamente, avaliar seus valores e metas.
Evidentemente, os maiores desafios nestes tipo de atendimento, acontecem quando o paciente define como o tratamento exitoso, aquele que é muito exigente e difícil de ser atingido. Nestes casos, há necessidade de controle das expectativas com orientações persistentes e comunicação com compreensão e compaixão.
A abordagem não patológica consiste em reduzir a rotulagem de pensamentos, emoções e comportamentos como patológicos nos serviços de saúde. Em algumas situações, as respostas emocionais e determinados pensamentos são uma reação natural frente a determinado insulto.
Reconhecer os sentimentos e pensamentos, e ensinar a pessoa a identificá-los permite ajudar a reduzir as reações ineficazes para lidar com a dor, contribuindo para a melhora dos sintomas e da qualidade de vida.
Dependendo de como a pessoa enxerga a sua dor, ela pode ter mais sofrimento ou melhorar a capacidade de tolerância à dor. Pessoas que melhoram sua autopercepção e autoconhecimento, que adotam o lócus de controle da saúde interno e que adaptam o comportamento para maximizar ações alinhadas a seus valores, podem encontrar mais sentido pessoal no tratamento, colaborando para seu restabelecimento.
Referência bibliográfica:
Donnelly, JM. et al. Dor e disfunção miofascial de Travell, Simons & Simons. Manual de
pontos-gatilho. 3ª edição. Artmed. Porto Alegre. 2020
Comments